Resenha: Como Eu Era Antes de Vocês - Me Before You

sexta-feira, junho 10, 2016



Empatia.

Na terceira opção do dicionário, segundo o google, encontramos algo como:

  • A capacidade de se identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente, de querer o que ela quer, de apreender do modo como ela apreende etc.

E eu acho que é exatamente isso que faz de Como Eu Era Antes de Você ser um livro tão maravilhoso e tão tocante. Eu sei que to meio atrasada, o filme já tá quase saindo, todo mundo já leu o livro, mas eu não poderia deixar de fazer um post já que fiquei chorando até umas três da manhã.

Eu já sabia o plot bem por cima, já sabia que a Lou ia trabalhar para o Will, já sabia que Will era um ricaço, e já sabia que o Will faria uma escolha e já sabia que eu ia chorar. Eu vi os trailers e algumas entrevista com o Sam Claffin, que admitiu chorar ao ler o script, chorar ao ler o livro, e chorar ao gravar o filme. Eu meio que juntei as peças, descobri a escolha de Will antes do tempo, e nem com esse spoiler nó na garganta que avisa que as lágrimas tão por vim, e muito menos as lágrimas.



Louisa, ou melhor, Lou Clarke, é uma garota de vinte e seis anos, nascida e criada em uma cidadezinha não tem sonhos muito grande, porém possui um closet (na verdade acho que ela possui um armário na casa pequena dos seus pais mas não muda muita coisa né?) bem singular, e com uma personalidade mais singular ainda. Lou é daquelas pessoas que tá sempre de bom humor, que as seis da manhã já ta pronta por um novo dia e quase soltando balões, pode até chegar a ser irritante, e é isso que Will acha no começo do livro, que Lou é uma das pessoas mais irritantes da face da terra, ou é o que ela acha que ele acha. Mas Will também não é uma pessoa lá muito fácil de agradar, depois um acidente que o deixou tetraplégico, Will só ver as coisas pelo seu lado negativo, ou é assim que a Lou pensa.

E é aí que entra a tal da Empatia. A Jojo Moyes faz a gente entender a alma desses personagens, faz a gente entender cada escolhazinha que eles fazem através da jornada do livro. E não só racionalmente não, emocionalmente você entende porque cada um tá fazendo uma escolha e você entende os dois lados. O lado do Will e o lado da Lou. A Jojo consegue fazer um arco, desenvolver os personagens, sem pressa, no tempo certo, fazendo a gente se apaixonar por cada um deles.



Não só se apaixonar por Lou, que começa a sonhar com as diversas oportunidades da sua vida. Não só se apaixonar pelo Will, que se torna menos carrancudo, e se mostra uma pessoa maravilhosa durante o livro. Mas se apaixonar pelo Nathan, o enfermeiro de Will, que é um cara calado mas extremamente sensato, e que leva o seu trabalho a sério. Entender a mãe do Will, uma mulher bem mais fechada e fria e entender as suas dores. Até entender Katrina Clark, a irmã que ocupa o maior quarto da casa com o seu filho Thomas e deixa a Lou viver no quartinho menor que é quase um armário do Harry Potter. Até Patrick, o namorado de anos da Lou, eu vou admitir que achei ele mó sem graça no começo do livro, ele é aquele cara fitness que viver por isso, e eu sou o completamente o oposto, faço exercício porque é bom pra saúde mas nunca vou pensar em fazer um triatlo na vida, mas mesmo assim nos momentos principais a gente consegue entender o Patrick e todas as suas dúvidas.

E eu acho que isso é um dos maior dons que um escritor pode ter, conseguir passar personalidades tão diferentes para o papel, e fazer a gente entender todas. 

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